A endometriose é uma doença inflamatória caracterizada pela saída do endométrio, tecido que reveste o interior do útero durante a menstruação, para a cavidade abdominal ao invés de seguir pelo canal vaginal. Esse movimento de “refluxo”, tem a possibilidade de atingir outros órgãos como os ovários, trompas, intestino e bexiga, afetando seus funcionamentos, que tende a aumentar progressivamente com o passar dos meses.
Os sintomas, que podem surgir na adolescência, são dores durante relações sexuais, no período menstrual e no ato de defecar ou urinar. Esse processo inflamatório progressivo, em estágio avançado, pode gerar uma aderência nos órgãos e tecidos, podendo causar a infertilidade. Só no Brasil, a doença afeta cerca de 7 milhões de mulheres, algo como 01 a cada 10 brasileiras em idade reprodutiva.
Se a doença for confirmada, a paciente deverá iniciar o tratamento, que poderá variar de acordo com o estágio da doença, podendo ser o bloqueio da menstruação com hormônios, cirurgia vídeo- laparoscópica (em estágios iniciais), cirurgia aberta (em estágios avançados onde os órgãos foram comprometidos) e se necessário, realizar uma fertilização in vitro para gestar. O tratamento é definido pela associação do resultado dos exames, da idade, paridade e sintomas da mulher.