
O Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, foi criado em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) junto à Organização Mundial de Saúde (OMS), para conscientizar o mundo sobre o reflexo do diabetes na saúde e mortalidade da população
Embora existam diferentes tipos de diabetes, o tratamento é multiprofissional, ou seja, deve incluir uma equipe que possa dar suporte ao paciente e seus familiares.
Neste cenário, o profissional de nutrição pode atuar tanto na prevenção de alguns tipos como no tratamento daqueles já com o diagnóstico.
Uma preocupante condição é o pré-diabetes, na qual já há alterações metabólicas importantes que devem ser tratadas. A boa notícia fica por conta de que cada vez mais se estuda sobre o assunto.
Estudos recentes indicam especialmente a redução e peso (5%) para quem tem pre-diabetes ou diabetes tipo 2, como um fator importante para o controle das alterações metabólicas.
Por meio da alimentação é possível trazer um dos componentes da educação em diabetes, também conhecida por meio dos sete comportamentos do autocuidado. Nessa orientação, elaborada pela Associação Americana de Cuidadores e Educadores em Diabetes (ADCES) um dos sete passos/comportamentos é “Alimentar-se saudavelmente”.
No Brasil, nosso referencial para este passo é trazer as orientações do Guia Alimentar para a população brasileira. A indicação, assim como as diretrizes para nutrição em diabetes, orientam que a alimentação de toda a população, com ou sem diabetes, deve ser baseada em alimentos in natura (frutas, verduras, legumes e carnes) e produtos minimamente processados (arroz, feijão), limitando o consumo de alimentos processados (geleia, atum enlatado, queijo) e evitando alimentos ultra processados (sorvetes, barra de cereal, macarrão instantâneo).
Alimentos como legumes, folhas, frutas e cereais integrais que agregam grande quantidade de fibras devem ser consumidos diariamente pois estão relacionados ao melhor controle do diabetes. Aqui o desafio é estabelecer o tamanho da porção para que os benefícios sejam de fato percebidos.
O tratamento deve ser encarado como de longo prazo, ou seja, como acompanhamento nutricional, pois muitos comportamentos alimentares precisam ser incorporados ou ajustados. Aqui é importante que o nutricionista seja especialista e compreenda as fases do diabetes, para que possa realizar uma boa intervenção nutricional, além de auxiliar o paciente no gerenciamento do diabetes.
O tratamento do diabetes depende de uma equipe multiprofissional especializada e, se possível, com educadores em diabetes credenciados pelos órgãos internacionais, tornando o cuidado integrado. Neste contexto, o nutricionista como membro da equipe, é parte fundamental. Isso porque para muitos dos pacientes, o diagnóstico se correlaciona negativamente com o prazer em comer. Nosso papel é apoiar, orientar e traduzir as informações em saúde para a linguagem do paciente e facilitar as escolhas alimentares, sendo imprescindível a presença profissional em todos os níveis de atenção em saúde para pessoas com diabetes.
Fonte: https://diabetes.org.br/dia-mundial-do-diabetes/